CACHOEIRA: Quilombo recebe proteção policial após ameaças de invasão por disputa terras

De acordo com a 27ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), a iniciativa visa interagir e garantir a segurança das comunidades de Terreiros e quilombolas da área de responsabilidade da Companhia, salvaguardando o Patrimônio Histórico e Ancestral fruto do legado africano que passou pelo Recôncavo baiano.

O reforço aconteceu na última sexta-feira (8), onde  o Major PM Alexandre Messias, comandante da 27ª CIPM, visitou o Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, localizado na Terra Vermelha, na cidade de Cachoeira. A visita faz parte das Rondas da Liberdade, uma iniciativa para garantir a segurança das comunidades de Terreiros e quilombolas.

O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê é uma área remanescente de quilombos e foi criado em 1736 em São Gonçalo dos Campos. Em 1912, foi transferido para a cidade de Cachoeira pela africana nigeriana Mãe Judite de Xangô.

Mãe Judite teve uma importante participação durante a epidemia de cólera mórbús, utilizando seus conhecimentos de ervas medicinais para tratar centenas de pessoas na cidade. Em razão disso, os médicos da época solicitaram sua prisão, mas ela nunca foi localizada.

Durante a visita, o Major PM Alexandre Messias conversou com o líder espiritual do terreiro, Pai Duda, sobre as ameaças que os integrantes do terreiro estão sofrendo em decorrência de um conflito de terra. Como resultado, o Comandante determinou a inclusão do Terreiro nas Rondas da Liberdade, que contarão também com o acompanhamento da Guarda Municipal de Cachoeira. Ele esteve acompanhado por Leonardo Marques, Chefe de Gabinete da Prefeita e representando a prefeita Eliana Gonzaga e a Secretaria de Reparação do Município.

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Fonte Polícia Militar