Presidente da Câmara de São Gonçalo dos Campos cancela sessão e deixa plenário por causa de manifesto pacífico

A sessão na Câmara Municipal de São Gonçalo dos Campos na manhã dessa terça-feira (13) foi encerrada abruptamente pelo próprio presidente da casa legislativa, sem que ocorresse a votação de diversos projetos, dentre eles, o Projeto de Lei Ordinária nº 006/2023 que dispõe sobre a autorização para o poder executivo municipal firmar convênio com o Banco Bradesco e o Projeto de Lei Ordinária nº 007/2023 que dispõe sobre a criação do centro de formação da Guarda Municipal.Uma cidadã do município estava fantasiada de palhaça e segurava uma placa onde estava escrito: “Como o presidente vê a população”. O vereador Josué Oliveira, conhecido como Joca, indignado com a manifestação pacífica, ordenou que os servidores da Câmara se retirassem, desligou a transmissão e impediu o uso do microfone. Após intensa discussão entre os vereadores, foi permitido o uso dos equipamentos para que os edis se pronunciassem.

De acordo com o regimento interno, se houver alguém interrompendo a continuidade da sessão, essa pessoa deverá ser retirada do local, no entanto, o presidente da casa não utilizou nenhuma das alternativas determinadas no documento, o que provocou revolta tanto nos vereadores quanto na população que assistia a sessão.

Sete vereadores permaneceram no local, garantindo assim o quórum necessário para dar continuidade às atividades da Câmara, e aproveitaram para se pronunciar sobre o que houve e criticaram o comportamento do presidente, a exemplo do vereador Grillo. “Está vergonhoso o comportamento dos colegas da oposição, que não estão pensando no bem da população. Joca tirou os servidores da casa para não dar continuidade aos trabalhos, mas temos que entender que essas pessoas são funcionárias da Câmara, e não do presidente”, disse.

Apesar dos servidores da Câmara se recusarem a reconhecer a validade da sessão, os vereadores conduziram os trabalhos, manifestando aprovação aos projetos que seriam votados e protocolaram a ata na Secretaria da Câmara, a fim de que o documento seja reconhecido.